Projeto de sistema de acionamento por correia de alta velocidade e precisão.
Ao projetar um sistema de transmissão por correia, o primeiro passo é escolher a correia mais adequada para a aplicação. Mas as polias também desempenham um papel importante no desempenho da correia — especialmente em sistemas de transmissão por correia síncrona, onde o encaixe correto dos dentes da correia com as ranhuras da polia pode afetar tudo, desde a quantidade de torque que pode ser transmitida até a taxa de desgaste da correia e os potenciais modos de falha.
As polias de correia síncrona são normalmente designadas pelo número de ranhuras (análogo ao número de dentes da correia), pelo passo da ranhura (análogo ao passo do dente da correia) e pela largura da polia.
O passo de dente necessário (e, portanto, o passo da ranhura) é determinado durante a seleção da correia, com base no torque e na velocidade de projeto. Torque e velocidade também são os principais fatores na determinação da largura da correia e, consequentemente, da largura da polia. (A largura recomendada da polia é normalmente um pouco maior que a largura da correia e leva em consideração o espaço necessário para os flanges da polia.) O número de ranhuras da polia é determinado pela relação de velocidade necessária.
As informações dimensionais também incluem o tipo e o tamanho do cubo para fixação da polia ao eixo de transmissão. As opções comuns para montagem da polia incluem buchas cônicas com trava, buchas cônicas bipartidas, buchas de engate rápido (QD) ou furos lisos com ou sem chaveta.
Alguns fabricantes oferecem polias em forma de barras, para serem cortadas e usinadas pelo usuário. Embora essa possa ser uma solução econômica para a prototipagem de pequenas quantidades, a precisão da polia é fundamental para garantir o alinhamento correto da correia, a relação de velocidade e a eficiência.
As tolerâncias aceitáveis para polias são especificadas por associações comerciais (como a Mechanical Power Transmission Association, MPTA) e pela Organização Internacional de Normalização (ISO). Em alguns casos, os principais fabricantes de correias também especificam tolerâncias para perfis de dentes específicos.
As principais tolerâncias de fabricação para polias de correia síncrona incluem:
1. diâmetro externo da polia
2. excentricidade entre o furo da polia e o diâmetro externo da polia
3. Paralelismo entre o furo da polia e as faces verticais da polia
4. Precisão de afinação dos sulcos
5. Paralelismo entre ranhuras e furo.
É importante observar que as polias também podem precisar passar por balanceamento estático ou dinâmico após a fabricação.
As polias síncronas podem ser fabricadas em uma ampla gama de materiais, incluindo alumínio, aço, ferro fundido e diversos plásticos. O material da polia determina seu peso e inércia, afetando, assim, o desempenho dinâmico do sistema de transmissão por correia. A escolha do material também influencia o nível de ruído gerado pelo sistema, sendo que as polias de policarbonato (polímero termoplástico) geram mais ruído durante a operação do que as polias metálicas.
Data da publicação: 28/12/2020





